- Nº 1838 (2009/02/19)

<i>Fio de Cetim</i>

Breves Trabalhadores

Encerrou no dia 11 a Fio de Cetim. Citado pela agência Lusa, o patrão voltou a justificar a decisão com a falta de pessoal para trabalhar, como tinha feito na antevéspera, no Prós e Contras da RTP1. Adelino Queirós refutou ter remunerações em dívida, declarando pagar «o salário que está na lei e já é muito, para aquilo que algumas pessoas trabalham». A pequena fábrica, instalada na garagem de um prédio de habitação, na freguesia de Brito (Guimarães), empregava nove costureiras que, naquela tarde, não puderam aceder ao local de trabalho. «Ninguém aguenta trabalhar na confecção», disse Rosa Maria Matos à Lusa. A operária contou que «o nosso salário é de 428,50 euros, somos obrigadas a dar horas extraordinárias de graça, somos maltratadas pelo dono da fábrica, que nos chama nomes e, quando se zanga, põe-nos fora da porta». As trabalhadoras ainda não tinham recebido Janeiro, parte de Dezembro e o subsídio de Natal. Horas antes de conhecido o encerramento, a União dos Sindicatos de Braga tinha solicitado que fossem executadas as dívidas da Fio de Cetim à Segurança Social e ao IEFP.